14/10/2023 - Primeira movimentação israelense foi para buscar os reféns capturados pelo Hamas durante o ataque do dia 7 de outubro.
A Faixa de Gaza teve uma sexta-feira movimentada, para além dos bombardeios que se fazem presentes na região desde o dia 7 de outubro, quando grupo Hamas atacou Israel, o que resultou em uma retaliação do governo de Benjamin Netanyahu. Este foi o mais letal da História do país e o mais bem-sucedido da organização. Enquanto os palestinos cumpriam o ultimato dado por Israel, de deixar a região em 24 horas – o prazo acabou às 18h (horário de Brasília) – os israelenses começaram a realizar a incursão terrestre que eles prometiam desde o começo da semana. Ação foi pequena, tendo como objetivo a busca pelos reféns do Hamas, mas significativa para o contexto da guerra, que chegou ao seu sétimo dia nesta sexta-feira, 13. Estima-se que os milicianos tenham sequestrado cerca de 150 pessoas. Essa operação tem sido prepara há tempos e gera alarde na comunidade internacional, já que, caso ocorra, deve provocar um derramamento de sangue ainda maior do que os mais de 3.200 mortos que a guerra já deixou, sendo 1300 do lado de Israel, e 1.900 na Faixa de Gaza, sendo 614 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que desde 2007 governa este paupérrimo e conturbado território 362 km².
Em meio a essas movimentações, em um raro ato, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento televisionado onde disse que este é apenas o começo de algo muito maior e prometeu extinguir o Hamas. “Nossos inimigos apenas começaram a pagar o preço. Não posso divulgar o que vem em seguida, mas vou dizer-lhes que isto é só o começo”, declarou Netanyahu em discurso à nação. “Estamos lutando pelo nosso lar como leões”, acrescentou, enfatizando que o país conta com a ajuda militar dos Estados Unidos. Netanyahu prometeu destruir o Hamas, mas adiantou que vai levar tempo, porém, garantiu que “terminaremos esta guerra mais fortes”. Enquanto Israel prepara seu ataque, milhares de palestinos fugiam do norte da Faixa de Gaza, depois que o governo israelense deu um prazo para que se retirassem desta região ante a iminência de uma possível invasão do enclave, em mais uma escalada do conflito, que ameaça se tornar, segundo a ONU, uma “catástrofe humanitária”.
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